sexta-feira, 20 de julho de 2007

Não é para ser falado
Nem sequer pensado
Denominar já peca
O silêncio onde tudo se revela
Onde te revelas
Te revelam
Os teus sorrisos e lágrimas
Que são afinal
Pó e terra, areia e sal, rios e lagos,
mares, montanhas, céus, planetas e estrelas, galáxias e Universos
Danças e embalos, Luz, Significado e Propósito
Unos e indivisíveis
E o silêncio que te inclui e aceita
Diz-te que sim e sorri
Com a saudade de quem te aguardava
Certo que virias
Conta-te a piada de certos imortais
De que nunca estiveste separado

Faça-se silêncio
Que a mente não mentirá
E a carne não chorará
Pelo êxtase de estar separada
Por sentidos que não fazem sentido
À visão maior de estarmos todos
Livres e capazes de saber do silêncio
Quantos corações
Batem no coração do silêncio